Outra versão

Os amores de Pedro e Inês

Era uma vez um príncipe que gostava muito de caçar. Quando o seu pai ia caçar, ele ficava a pensar que era ele que estava a caçar e não o pai. D. Pedro só queria ter idade para poder caçar.
D. Pedro cresceu e não esqueceu o sonho de caçar, mas o sonho de qualquer rei era casar os seus filhos para ter uma família que assegurasse o trono real. Esse era o sonho do Rei e também o de D. Pedro.
Um dia o seu pai disse-lhe que tinha arranjado uma linda jovem galega para sua esposa e ele, vendo o seu segundo sonho quase realizado, ficou muito feliz.
Quando chegou o dia, D. Pedro arranjou-se muito bem, mas apanhou uma desilusão. Afinal aquela que ele pensava ser sua noiva era uma aia de companhia. Depois do casamento, Pedro e Inês, a aia de companhia por quem estava apaixonado, começaram a ter uma relação secreta.
Alguns anos depois, D. Constança, a mulher de D. Pedro, morreu, e assim ele ficou livre para casar com Inês. As coisas não eram assim tão simples, Inês era uma ameaça à coroa portuguesa pela sua origem. Mas D. Pedro não desistiu, casou com Inês sem ninguém saber.
Pedro e Inês viviam muito felizes e até já tinham filhos quando os conselheiros de D. Afonso IV o aconselharam a matar Inês.
Assim, um dia, os três conselheiros do rei foram a Coimbra, onde Pedro e Inês viviam, aproveitaram a altura em que Pedro tinha ido caçar e mataram Inês.

Ana Serra