
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
domingo, 22 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Recomendada pelo Ricardo Borralho, Feira Medieval em Évora

«Feira Medieval durante sábado e domingo, na Praça 1º de Maio
Évora recebe uma feira medieval durante os próximos dias 21 e 22, entre as 9 e as 19 horas, que conta com trabalhos ao vivo feitos por um conjunto de artesãos, música da época, cortejo, animadores de rua, domadores de serpentes, torneios de luta de espadas, espectáculo com fogo, encenações cómicas e uma taberna, onde se venderá carne grelhada, água, vinho, chouriço assado e sopa.
A abertura da feira medieval no sábado é feita às 9 horas com demonstração dos ofícios, seguindo-se uma hora depois o cortejo pelas imediações com os participantes do evento. Os animadores de rua e os domadores de serpentes chegam pelas 11 horas com as suas artes e ao meio-dia haverá um torneio de luta de espadas e música ao vivo.
Pelas 14 horas volta a música ao vivo e a demonstração de serpentes, seguida dos animadores de rua e de novo torneio de espadas e música pelas 16 horas. Animadores de rua, música ao vivo e demonstração de serpentes estarão de novo em campo às 18 horas, seguindo-se um espectáculo de fogo pelas 19:30 horas.
No domingo, a feira prossegue a partir das 9 horas com a demonstração de ofícios, seguida da demonstração de serpentes e do torneio de luta de espadas, tudo acompanhado de música ao vivo.
Os animadores de rua chegam ao meio-dia e um novo cortejo pelas imediações terá lugar às 14 horas. Às 15: 30 horas, inicia-se o torneio de luta de espadas e a música ao vivo e uma hora depois voltam a actuar os animadores de rua e os domadores de serpentes.
A entrega de armas será feita pelas 18 horas e conta também com a música ao vivo, estando o encerramento da feira marcado para as 19 horas.»
http://www.cm-evora.pt/sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Pedro e Inês, Nuno Júdice
choraram nebulosas nos fios do crepúsculo.
Para onde fogem os amantes mortos? Em que
eternidade repousam os cansados corpos?»
in Poesia, Pedro, Lembrando Inês, Nuno Júdice, Colecção Frente e Verso (hoje com a "Visão")
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
A Biblioteca Pública de Évora
Seguimos em direcção ao Jardim de Diana e avistámos o Templo Romano. O Templo Romano tem catorze colunas rachadas e desgastadas e que foram esculpidas no século III A.C. pelos romanos. Pensa-se que foi dedicado à Deusa Diana, a Deusa da Caça. Passámos pela Pousada dos Lóios ao lado da qual se encontra a Biblioteca Pública de Évora.
Quando estávamos a subir as escadas, reparámos que havia mapas cartográficos de vários locais do Mundo, como por exemplo o de Moçambique. Também havia quadros com manuscritos muito antigos. Na Sala Nobre da Biblioteca Pública, há milhares de livros em centenas de estantes. Nessa sala há um quadro de Frei Manuel do Cenáculo que foi pintado na época do Barroco. A sua moldura é em talha dourada.
Sopa alentejana: um cheirinho de um livro de sabores
"Sopa alentejana
(receita da Conceição)
Faz- se um refogado com cebola, pingue, sal e pimenta. Deita-se água necessária para a sopa, juntam-se batatas cortadas aos bocados, chouriça cortada às rodelas, bastante arroz e, às horas de servir, deitar na terrina ovos cozidos às rodelas."
Retirado da obra Quinta das Lágrimas, Paulino Mota Tavares, Maria Leonor Cavalheiro, Colares Editora
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
A Árvore Genealógica e a História de Portugal no sec. XIV
D. Inês de Castro
Diziam os povos de Fernão Lopes *, que nunca tais dez anos houve em Portugal como aqueles em que reinou
El-Rei D. Pedro. D. Afonso IV ajustou o casamento do príncipe herdeiro com a filha de um grande de Espanha, que era um dos chefes dos nobres feudais que se opunham ao Rei. É no reinado de D. Afonso IV que se situa o episódio da morte de Inês de Castro.
Inês de Castro fazia parte de uma família muito poderosa de fidalgos galegos e descendia, por via bastarda, do Rei D. Sancho IV de Castela. Havia também uma ligação com a família Albuquerque.
João das Regras, nos seus famosos discursos das Cortes de Coimbra, revelou que D. Afonso IV, três anos antes da morte de D. Inês, escreveu ao arcebispo de Braga, que se encontrava então na corte do papa, para que convencesse o sumo pontífice a não conceder as dispensas necessárias para o casamento de D. Pedro com D. Inês.
Procurando evitar o envolvimento da família real portuguesa em mais um processo de guerra civil, entretanto desencadeado em Castela, D. Afonso IV ordena o assassinato de D. Inês de Castro (mulher “clandestina” do infante D. Pedro desde a morte da sua primeira esposa, em 1348 ou 1349). D. Afonso IV decidiu a morte de D. Inês de Castro, que foi degolada em 7 de Janeiro de 1355, nos paços de Santa Clara, em Coimbra, numa ocasião em que D. Pedro estava ausente. Este declarou-se em revolta. Durante meses, o país foi assolado pelas tropas do infante. D. Pedro revoltou-se contra a autoridade do pai, dando início a uma guerra civil que terminou em Agosto de 1355, sob a mediação do Arcebispo de Braga. D. Gonçalo Pereira.
Do Tratado de Canaveses (resultante do acordo que permitiu encerrar as hostilidades) deriva a associação do infante D. Pedro às actividades de governação do país.
D. Pedro, logo que subiu ao trono, conseguiu que o rei de Castela lhe entregasse os conselheiros de D. Afonso IV que tinham decidido a morte de Inês e fê-los executar com rigor.
Em 1360 D. Pedro anunciou formalmente que chegara a casar secretamente com Inês de Castro e, pela mesma ocasião, mandou construir os monumentais túmulos de Alcobaça.
A vida no Século XIV
A sociedade neste período da História estava dividida em três classes: a nobreza, o clero e o povo. Cerca de 80% das pessoas trabalhavam na terra.
Mesmo nas cidades cultivavam-se hortaliças e criavam-se galinhas, porcos e vacas. As pessoas cultivavam quase todos os alimentos e dependiam de uma boa colheita para passarem o Inverno. Se a colheita se perdia, morriam de fome.
A partir da Primavera de 1315, a chuva caiu de forma intensa e anormal. O fenómeno verificou-se em quase toda a Europa e prolongou-se por vários invernos, impedindo o trigo de germinar. Em 1333, a fome foi particularmente sentida em Portugal e na Península Ibérica. Os preços subiram, a fome instalou-se. Era difícil importar alimentos de outra região, e havia fomes aproximadamente de dez em dez anos. Na maior parte da Europa, a aldeia ou herdade pertencia a um senhor e era administrada por um intendente. Os camponeses trabalhavam na herdade em troca de terra que cultivavam para si próprios. Também davam ao senhor uma parte da sua própria produção.
O alimento principal era o pão de centeio ou de trigo. O pão era escuro e grosseiro. O pão branco de trigo era raro e constituía um sinal de estatuto social elevado. A maior parte das pessoas comia poucas hortaliças e pouca fruta e acreditava que as verduras eram perigosas. O vinho e o azeite eram alimentos de base na Europa do Sul.
Depois da comida, a maior necessidade das pessoas era o vestuário. Por isso a indústria de lã e o comércio de tecidos eram as maiores actividades económicas da Europa medieval a seguir à agricultura e à alimentação. Os camponeses usavam roupas simples que não mudavam de estilo. A peça de roupa fundamental era uma bata ou camisa comprida, franzida na cintura. O vestuário era muitas vezes feito de lã das ovelhas da família, fiada e tecida em casa.
Para as pessoas mais ricas as roupas eram mais complicadas, e no século XIV as modas mudavam bastante depressa. As saias nunca eram acima do tornozelo, embora os decotes pudessem ser bastante grandes. Em geral as mulheres usavam o cabelo coberto. Os homens podiam exibir as pernas, com meias e casacos curtos.
Os desportos medievais eram violentos e constituíam um treino para a guerra. Os desportos favoritos dos reis e dos nobres eram a caça e as justas (duelos a fingir).